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O agro que alimenta o mundo: Brasil colhe safra recorde e mira liderança sustentável no cenário global

  • Foto do escritor: LIDE Global
    LIDE Global
  • 31 de out.
  • 3 min de leitura

Produtividade recorde, sustentabilidade e inovação tecnológica reforçam a posição estratégica do Brasil na alimentação do mundo.


Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária.

Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária.


O agronegócio brasileiro vive um momento histórico. A safra 2024/25 deve atingir 350,2 milhões de toneladas de grãos, um crescimento de 16,3% sobre o ciclo anterior — o equivalente a 49,1 milhões de toneladas a mais. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é o maior volume já registrado, impulsionado por soja, milho, arroz e algodão, culturas que somam cerca de 47 milhões de toneladas deste incremento.

“Esse desempenho é resultado direto de condições climáticas favoráveis e da expansão de 1,9 milhão de hectares na área cultivada”, aponta o levantamento da Conab. A produtividade média nacional saltou 13,7%, atingindo 4.284 quilos por hectare, com destaque para o Centro-Oeste e especialmente Mato Grosso.

O agro brasileiro mostra que é possível crescer unindo escala e sustentabilidade, produtividade e inovação, e que, com investimento contínuo em tecnologia e capital humano, o país tem tudo para seguir liderando a alimentação do planeta. Para o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, nunca na história do Brasil, abriu-se tanto mercado para a agropecuária brasileira.

“Chegamos ao número de 400 novos mercados”, comemora. A determinação do presidente Lula, em função deste momento, é para que a gente intensifique ainda mais a busca de novos mercados, e isso vamos fazer”, pontua.

Novos mercados


O Brasil consolida sua força nas exportações de café, carne e frutas tropicais, mas já se move para um novo ciclo de maior valor agregado. O país segue líder mundial na venda de café, com o café especial representando mais de 20% das exportações, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), impulsionado por cooperativas e pequenos produtores que recebem preços até 30% superiores aos do café convencional.

No setor de proteínas, as exportações de carnes bovina, suína e de frango somaram cerca de 10 milhões de toneladas em 2024, de acordo com a Abrafrigo e a ABPA, mantendo o Brasil no topo do mercado global. Já as frutas tropicais, como manga, melão e abacate, alcançaram mais de US$ 1,2 bilhão em vendas externas no mesmo período, segundo a Abrafrutas, reforçando a diversidade e a competitividade da fruticultura nacional.


Ao mesmo tempo, o futuro do agro brasileiro aponta para cadeias de maior valor agregado, que combinam inovação, sustentabilidade e alta rentabilidade. As exportações de alimentos orgânicos já superam US$ 250 milhões, com crescimento anual próximo de 10% e forte demanda na Europa e nos Estados Unidos, de acordo com a Organis. O mercado de proteínas alternativas, incluindo produtos plant-based e carnes cultivadas em laboratório, movimentou mais de US$ 120 milhões em 2024, segundo a GFI Brasil, e começa a se posicionar como nova fronteira de exportação.


Sustentabilidade


Para ampliar nossa produção e mercados, mantendo critérios rígidos de preservação ambiental, documento divulgado pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) mostra que o setor quer se posicionar na 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) como “parte fundamental” da solução para a crise climática.

“O agronegócio brasileiro tem um papel crucial nesta agenda global, especialmente em relação à COP30. Para além de ser um setor particularmente vulnerável aos impactos das mudanças climáticas, a cadeia produtiva do agro se posiciona como parte fundamental da solução, com grande potencial para mitigar emissões e promover a segurança alimentar”, diz o texto intitulado Agronegócio Frente às Mudanças Climáticas - Posicionamento do Setor para a COP30.

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