Complexidade dos negócios redefine prioridades dos comitês de auditoria, aponta KPMG
- LIDE Global

- 20 de out.
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Pesquisa global mostra que 84% dos comitês de auditoria no Brasil apontam o ambiente de negócios e de riscos como principal desafio; segurança cibernética e ESG ganham peso crescente nas pautas.

Sidney Ito, CEO do ACI Institute da KPMG no Brasil. (Foto: Divulgação)
A complexidade crescente dos negócios e dos riscos tem alterado as prioridades dos comitês de auditoria no Brasil. Segundo a pesquisa global “Desafios e Prioridades do Comitê de Auditoria 2025”, da KPMG, 84% dos entrevistados no país indicaram o ambiente de riscos como principal fator de impacto nas agendas. Em seguida, 64% apontaram a necessidade de fortalecer os controles internos diante de disrupções operacionais e pressões econômicas. O levantamento reuniu 668 executivos de 35 países.
“É importante a necessidade de o comitê de auditoria manter o foco prioritário nas demonstrações financeiras e nos controles internos, especialmente diante de novas exigências regulatórias, incluindo as informações no Formulário de Referência estabelecidas pela CVM, as normas de divulgação climática e de sustentabilidade, e os requisitos crescentes relacionados à segurança cibernética”, afirma Sidney Ito, CEO do ACI Institute da KPMG no Brasil.
Segundo Ito, a supervisão sobre premissas contábeis, integridade das informações e qualidade dos controles internos exige atenção mais rigorosa, diante da volatilidade do ambiente de negócios e da pressão por transparência.
A pesquisa também aponta que 75% dos entrevistados brasileiros expressam preocupação com o alinhamento estratégico entre cultura, conformidade, riscos, desempenho e pessoas, em um contexto em que decisões precisam ser tomadas de forma cada vez mais ágil.
No cenário global, a segurança cibernética lidera as prioridades de 68% dos comitês de auditoria, índice que sobe para 77% no Brasil e 73% nos Estados Unidos. Já em relação à supervisão de questões climáticas, 42% dos entrevistados globais afirmam acompanhar as divulgações regulatórias — no Brasil, o percentual é de 43%, e nos EUA, 55%.
“Os comitês de auditoria precisam acompanhar os temas emergentes, como a gestão de riscos associados à inteligência artificial, resiliência cibernética e divulgações sobre ESG, sem esquecer de sua responsabilidade com a integridade das demonstrações financeiras e a qualidade dos controles de contabilidade”, afirma Fernanda Allegretti, líder do Board Leadership Center Brasil.



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